MEDITAÇÃO FILOSÓFICA: A NECESSIDADE FORMADORA DO SILÊNCIO
Dando continuidade à série de textos sobre a arte do silêncio, retorno a esse “vazio” constitutivo... Vazio este, que se ergue como uma montanha imponente, cercada pelo constante fluxo de palavras e ruídos que permeiam nossas vidas. Sim, o silêncio é, muitas vezes, mal compreendido… “silêncio constrangedor”... dizem aqueles com mentes atribuladas às amarras da comunicação verbal. Mas o que faz tornar o silêncio um lugar de desconforto? Há quem diga que, no momento de silêncio, somos confrontados com a verdade crua da nossa própria existência, sem as distrações e os ruídos que nos impedem de ver claramente. É neste espaço que são sussurradas realidades abafadas pelos ruídos do dia a dia. No campo do silêncio, não somos julgados pelo eco das nossas palavras, mas sim pela essência dos nossos pensamentos mais íntimos. E no teatro da existência, este palco é evita