NORMOSE: EM DEFESA DA ANORMALIDADE

 


   Quando fui inspirada a construir este blog, (ou melhor dizer, quando fui convidada a me envolver com o propósito deste blog), veio a reflexão sobre de qual forma o meu “Diálogo” poderia contribuir nesse espaço. Dentro de trocas, discussões e bate-papos, internalizei que aqui não é um espaço “normal”, mas sim um convite por novos olhares, novas maneiras de lidar e questionar; um espaço para reflexão de novas atitudes. Me veio em mente que a única coisa que não queria iniciar seria com um texto “Normal”. Isso! Esta era a ideia. Eu precisava iniciar trazendo um movimento contrário, um questionamento sobre o normal, de forma mais técnica, um questionamento sobre a Normose.

    A normose ou normopatia pode ser definida (de maneira bem enxuta) como a patologia da normalidade. Ou seja, um conjunto de normas, valores, conceitos, estereótipos, atitudes e hábitos de pensar ou agir, que são aprovados por grande parte da sociedade. São indivíduos que vivem em função de comportamentos moldados pelo contexto social. É nesta entrega pelo normal, ou melhor, pela crença de um “estado normal” que ocorre o padecimento dos nossos dons; o sepultamento dos nossos talentos, o enterro de nossos sonhos e missões. De um modo geral, costumamos seguir o exemplo da maioria. Preguiça? Conveniência? Autoindulgência? Necessidade de pertencimento? A certa altura, não fica possível entender o desejo robótico de repetir discursos e narrativas.

    E qual remédio para a normose? Aqui eu trago boas notícias! Por sorte não é algo que necessite de um poder aquisitivo, ministração medicamentosa ou alcançar o fim do arco-íris. O remédio para normose nada mais é do que o arranque de um véu (que é apenas visível à nossa alma). É um mergulho dentro de si, uma renovação de realidade, uma mudança de ver e agir diante de diversas situações… o remédio da normose está na libertação do medo de Ser!!

    Vos convido então para “precocizar” este encontro consigo, se apartando de tudo o que vos impede de seguir um fluxo evolutivo e que estagna os seus desejos. Vamos levantar a bandeira em defesa da anormalidade.

    Sim, sejamos ANORMAIS!


By Lia Chagas

Comentários

Postagens mais visitadas