SUBSISTINDO NA ERA: “TER OU NÃO TER? EIS A QUESTÃO”



    Vivemos atualmente em um mundo potente de consumos e materialismo. Um mundo onde o poder é, por vezes, medido pela capacidade aquisitiva; onde se propõe um lugar de posse; onde a própria existência se encrava e se desenvolve no conceito de ter: a posse do corpo. Mas quando foi construído essa relação tão complexa com a posse? Quando a imprescindibilidade do ter se tornou, para muitos, uma patologia?

    Parafraseando William Shakespeare com sua clássica indagação em Hamletser ou não ser? eis a questão”, podemos cogitar que nos é estabelecido uma relação de decisão e motivação; que nos é imputado uma posição de escolha. Para ser, é preciso ter. Existe uma relação simbiótica e entrelaçada nesses 2 conceitos. Para “sermos” saudáveis, precisamos “ter” saúde; para “sermos” sábios, precisamos “ter” conhecimento (importante pontuar que esta colocação não é voltada para o academicismo). Toda vez que o ter tiver origem em uma necessidade ou fundamentalismo, teremos como seu principal ingrediente, o ser. A tarefa nesta reflexão é o mergulho na complexidade entre entendermos a diferença sobre o ter e o possuir.

    Seguindo este raciocínio, podemos admitir hipoteticamente que a problemática primordial não é “ter”, mas sim, o dilema do que queremos possuir (ideia que remete ao ter como propriedade) ou, do que deliberadamente decidimos não ter. Trago então, o questionamento sobre qual o lugar de posse (do possuir) é colocado na trajetória de vida, ou melhor, como VOCÊ tem lidado ao longo de sua vida, com sua a Trajetória de Posse?


Viver é a decisão entre ter ou não ter. Como tem sido essa dinâmica para vocês?!?


Lia Chagas 🌸



 

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