Teoria dos 6 mil tijolos: O tempo é necessário para construção de algo grandioso e sólido.

 

    Se alguém te encorajasse a realizar o seguinte trabalho – transportar imediatamente 6 mil tijolos de um local para outro a 3 quarteirões de distância – você certamente não toparia essa suposta “loucura”, alegando principalmente a impossibilidade de realização do feito. E, até certo ponto, você, meu caro leitor, não estaria errado. Acontece que, quando queremos realizar algo que parece difícil, ou até mesmo impossível, devemos de forma primordial realizar a seguinte pergunta:

    - Como posso fazer isso?

    Vejamos então… se eu mudo um pouco a pergunta, posso mudar um pouco, ou até mesmo totalmente, a resposta, arrastando-a inclusive para o campo da possibilidade. Ou seja, o que parecia impossível, já não o é mais. É como num jogo de golfe, onde o ajuste de posicionamento de milímetros do jogador pode causar um resultado final de metros de diferença. Mas sejamos mais sucintos, sem roubar-lhe muito o precioso tempo, bem esse que não pode jamais ser recuperado, ainda que com todo o ouro da Babilônia.

    Obviamente transportar de imediato 6 mil tijolos de um ponto a outro parece algo bastante complicado de ser realizado. Porém, se você tiver a oportunidade de realizar esse mesmo trabalho de uma outra maneira, tal como – carregar um tijolo por dia, até que os 6 mil tijolos sejam deslocados para o destino correto… então... EURECA! Carregar um tijolo por dia não requer nem 10 minutos do seu tempo diário de 24h. Parece algo simples. E é!

    Pois bem! Até aqui, seguramente podemos observar a seguinte conclusão:

    - Fracionar uma meta, transformando-a em mini metas, é a forma mais fácil de finalizá-la com êxito.

    Mas aqui está o verdadeiro problema do “homem não realizador” – para este é 8 ou 80. Não há meio termo. E o segredo para a resolução desse problema, ou seja, a solução, é justamente olhar para um problema, ops, melhor dizendo, uma solução, questionando-se sobre a melhor forma de execução.

    Quando falamos em poupar, investir, construir riqueza e atingir a independência financeira, podemos pensar e agir da mesma maneira, utilizando-se da mesma técnica abordada acima – ou seja, 1 tijolo por dia. Com o tempo, alguns acharão tão fácil que começará a mover 2 tijolos por dia, reduzindo assim a quantidade de tempo para se alcançar o objetivo final, que é mover os 6 mil tijolos. Logo, se movendo 1 tijolo por dia, transporto os tijolos em 6 mil dias, fácil deduzir que movendo 2 tijolos por dia esse tempo final reduzirá pela metade (3 mil dias).

    Nessa toada, muitas pessoas possuem a noção equivocada de que é necessário uma grande soma de dinheiro para começar a poupar e investir – nada mais errado! Você não poderá mover os 6 mil tijolos hoje… mas, HOJE, você pode mover 1 tijolo. Quem sabe até mesmo 2. Amanhã mais 1 ou 2. E daqui a 30 dias teremos entre 30 e 60 tijolos transportados. Se progredirmos para um pensamento anual, esse número atinge excelentes proporções – algo entre 360 e 720 tijolos.

    Quero com isso fazer você enxergar que pode não ter 100 reais hoje. Porém, pode ter 10 reais AGORA. Aqueles 10 reais que você usaria para comprar um refrigerante e um hamburguer, ou uma garrafa de cerveja – Esses 10 reais podem ser transformados em seu primeiro tijolo. Amanhã você poderá deixar de ir de uber para algum lugar próximo, que com certeza seria possível ir andando, e aí estará o segundo tijolo.

    O cerne da questão é: o poder da ESCOLHA! O que você escolhe hoje? O que escolherá amanhã? Saiba que são essas mini escolhas diárias que determinará onde você irá estar nos próximos 10 ou 20 anos. O grande objetivo aqui é mostrar que todas as ferramentas estão em nossas mãos. Todavia, precisamos apenas saber usá-las e, depois, praticar.

    Ah… e outra coisa… não importa a idade que você tem hoje. Comece AGORA. Faça isso imediatamente, para que daqui a 10 anos você não tenha que se fazer a seguinte pergunta:

    - Onde eu poderia estar agora se tivesse começado há 10 anos atrás colocando 1 tijolo (10 reais) por dia.

    Para finalizar, gostaria de deixar claro que o cenário traçado é incrivelmente pessimista, ao não calcular os juros compostos que serão produzidos por cada tijolo que for colocado no lugar correto. Com isso, a mágica ocorre – depois de ter transportado os 6 mil tijolos para o lugar de destino, se deparar com uma incrível descoberta: Não são 6 mil tijolos. São quase 10 mil! Então você se pergunta “quem colocou mais 4 mil tijolos aí” – e essa é a mágica que Einstein chamou de oitava maravilha do mundo. Mas esse é um papo para outro post…!

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