É hora de dar adeus ao que "parece bom"

 



        Muitas coisas entram e saem das nossas vidas aleatoriamente, o que contabiliza uma infinidade delas no quadro geral. São compras por impulso, compras para aliviar o estresse, compras para se sentir melhor e mais importante socialmente. São compras tidas como necessárias, porém, que não passavam de desejos efêmeros. 

        Somos bombardeados pela mídia manipuladora, imbuídos a torrar nossa suada grana em bobagens que jamais iremos utilizar, ou, talvez, utilizaremos 2 ou 3 vezes e deixaremos de lado, no fundo de um armário abarrotado de lástimas materiais da mesma espécie. Mas há que se deixar claro um grande contraponto: somos tão culpados quanto o inimigo a quem atiramos as maiores pedras. Somos enganados? Sim! Mas como num processo simbiótico, parece que adoramos isso tudo.

        Estamos caminhando por estradas perigosas e sorrateiras, com depressões severas e lombadas que mais parecem edifícios. Qual a melhor solução? Não ligarmos mais a maldita TV? Taparmos os ouvidos quando os rádios tentarem nos induzir a comprar o iphone de última geração que tira fotos tão sensacionais que pessoas feias viram beldades de Hollywood? Nos desligamos quando sentimos qualquer impulso que nos atraia a armadilha das grandes empresas de marketing? Talvez nenhuma dessas alternativas sejam soluções interessantes para um ser pensante e que possui capacidade de escolha acima do que é percebível. Basta um pouco de reflexão para entendermos que as decisões acertadas precisam surgir de dentro para fora. Temos que aprimorar o filtro, para que aquilo que vem de fora não impacte naquilo que precisa surgir de dentro. Simples? Nem um pouco. Tampouco impossível... requer constância, persistência, contado imediato com a própria essência primitiva. Enfim, a humanidade não precisa caminhar para o lado certo, as vezes basta não caminhar para o lado errado. Em muitos episódios de barulho, o silêncio é o melhor remédio. Em muitos episódios de luta, faz-se necessário paralisar-se. Sim... Permanecer intacto, inerte.

        Com isso, chegamos a conclusão de que agora é a hora de dar adeus ao que "parece bom". Não é certeza de que seremos melhores. É apenas uma alternativa... uma tentativa de pularmos fora de toda essa mediocridade alienadora.

        Certeza absoluta apenas da morte... 

        E que não nos ouça Enoque e Elias!


                            By Jota Rêgo









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