VESTES DE ESPERANÇA

 


          

Não desejo o véu da aparência fugaz,
nem a face das coisas que o mundo anseia.
Visto-me com a simplicidade do domingo,
e com a inocência de manhãs de uma infância que permeia.

Meu poema é uma prece,
uma oração silenciosa de alma nua,
que busca mais do que o visível e o tangível,
e até mais do que reflexo em águas turvas.

Reveste-me, ó esperança,
como uma capa que aquece o coração,
têxtil de sonhos e promessas sutis,
que flui com a suavidade de uma inspiração.

Que cada palavra seja um fio de luz,
tecido com a paciência do tempo,
para que, ao final do dia,
não reste apenas o vestígio de uma ilusão,
mas a essência pura de uma Verdade em construção.

Não, não quero máscaras de rostos ou formas,
mas sim o abraço da simplicidade,
visto-me de esperança

e do conforto de manhãs em cumplicidade.



Texto e Fotografia

By Lia Chagas

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