O tesouro da Confiança: O Fio Que Nos Une
Hoje, primeiro dia do ano de 2025, decidi me dedicar ao estudo do curso de Teologia Bíblica, com a matéria Teologia e Sociedade, sob a orientação de Cícero Manoel Bezerra, como forma de iniciar este novo ciclo com maior estudo e aprofundamento pessoal. Esse momento de reflexão e aprendizado me conduziu a uma aula que marcou profundamente minha percepção sobre uma palavra tão essencial quanto complexa: CONFIANÇA.
Na simplicidade de cinco sílabas, 9 letras, (sendo 4 vogais e 5 consoantes), confiança carrega em si o peso de relações humanas e divinas. Ela é um abismo de possibilidades, sendo ao mesmo tempo, um salto no escuro e um porto seguro… É uma mão que se estende sem saber se será segurada, numa promessa silenciosa de que seremos sustentados, mesmo quando tudo parecer cair.
Durante a aula, foi colocado como a confiança é um fio invisível que costura histórias, gerações, relações e corações. Esse fio passeia pelo frágil e sólido, sem ser um laço impositivo. Ele pede uma entrega genuína, uma vulnerabilidade e um tipo de coragem que não se encontra em qualquer lugar.
Ao mergulhar nas palavras de Bezerra, entendi que a confiança não é apenas um ato, mas uma disposição. É um estado de ser que transcende as circunstâncias. Confiar é crer que, mesmo diante das incertezas da vida, o solo à nossa frente será firme. E ser confiança para o outro é tornar-se essa firmeza, o que me fez pensar no quanto nossas vidas são entrelaçadas por essa mesma fibra.
É curioso como a confiança não é apenas uma dimensão espiritual, mas também profundamente humana. Nos relacionamentos, é a base sobre a qual construímos laços duradouros. Na sociedade, é o que mantém o tecido social intacto, mesmo em tempos de crise. Na teologia, é o que nos permite enxergar Deus não como uma ideia distante, mas como um Pai que promete e cumpre.
Essa reflexão também me desafiou a me perguntar: quantas vezes fui confiança para o outro? Em quantos momentos minha presença foi uma ponte para alguém atravessar seus medos? Percebi que confiar é um ato de fé, mas ser confiança é um ato de amor.
A confiança exige de nós um coração que sabe se abrir, mesmo com o risco de se machucar. E talvez seja isso que a torne tão preciosa: ela é uma escolha que fazemos dia após dia, mesmo quando a vida nos pede o contrário.
Ao final da aula, saí com uma certeza: a confiança é o elo que nos liga ao outro e a Deus. Ela é o ato de soltar as amarras do medo para segurar naquilo que é eterno. Confiar é, no fundo, um ato de renascimento. E ao nos tornarmos confiança para o outro, nós também permitimos que ele renasça.
Que possamos, então, ser essa ponte, esse porto, esse fio que une e sustenta. Pois, no fim, é na confiança que se encontra o começo e o destino de toda relação verdadeira...
Com carinho, Lia Chagas.
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